segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Conheça os 7 Super-Heróis Brasileiros "Famosos"

Na semana da independência, conheça 7 super-heróis brasileiros

Que os americanos são extremamente patriotas e não tem vergonha de idolatrar super-heróis que usam sua bandeira ou seus valores, não é novidade para ninguém. Mas e os brasileiros?
Talvez por um sentimento de infeioridade, ou simplesmente por uma condição cultural dependente de outros países, o brasileiro tem certa dificuldade para exaltar o país sem cair na chacota. O mesmo orgulho que nos faz vestir a camisa da seleção em época de copa do mundo, e exaltar nossos atletas nas Olimpíadas, não se repete nos outros dias do ano. Com essa dificuldade, não é de estranhar que existam tão poucos exemplos conhecidos de super-heróis brasileiros. Conheça então 7 heróis que foram criados para defender nosso país. Alguns acabaram caindo no esquecimento, outros ainda estão “na ativa”.



Quebra-Queixo

Criado em 1983 por Marcelo Campos, Quebra-Queixo é integrante de uma equipe de super-heróis chamada Força Zero, que combate o crime na mega-megalópole de Nova Fronteira. O personagem já foi publicado de várias formas, de fanzines a webcomics, passando por várias compilações da editora Devir.
Quebra-Queixo tem como poderes superforça e resistência sobre-humana.
O autor, Marcelo Campos, é natural de Três Lagoas e já desenhou vários super-heróis para o mercado americano, além de vários trabalhos para editoras nacionais, como as revistas da Xuxa, Sergio Mallandro, Faustão, entre outros.






Judoka

No final dos anos 60 a editora Ebal publicava no Brasil as aventuras do herói Judomaster, da extinta editora americana Charlton, na revista Judoka. Com o cancelamento da revista americana na sexta edição,a Ebal resolveu criar a versão brasileira do herói. O Judoka com roteiros de Pedro Anísio e ilustrações de Eduardo Baron estreou na edição 7 da revista.
A origem do herói mostra o adolescente Carlos da Silva salvando um idoso de um atropelamento, para descobrir em seguida que ele é um mestre do Judô, conhecido como Miamoto. Em agradecimento, o mestre decide ensinar os segredos da arte marcial para o rapaz, que passa a combater o crime. Com o tempo, Lúcia, sua namorada, também aprende as técnicas e junta-se a Carlos como heroína.
O Judoka fez bastante sucesso no Brasil e chegou a gerar uma versão para os cinemas. Em 1973 a publicação da revista foi encerrada e, apesar de ter algumas aparições em fanzines e histórias de fãs, nunca mais foi publicado oficialmente.


Raio Negro

O Raio Negro foi um herói criado por Gedeone Malagola sob encomenda para a editora GEP, que queria entrar no mercado de super-heróis, em franco crescimento na década de 60. Malagola criou o herói baseado no Lanterna Verde da era de prata, e os dois tem em comum, inclusive, a profissão: aviador militar.
O Tenente Roberto Salles é enviado pela FAB para uma missão em torno da órbita da Terra. Lá é capturado por um alienígena agonizante vindo de Saturno. O militar consegue ajudar a criatura a retornar para seu planeta e recebe como gratificação um anel de luz negra, que usa para retornar à Terra e combater o mal.
A série original durou 13 edições e o herói retornou em vários especiais ao longo dos últimos 30 anos, mas nunca mais teve uma série regular.

O Gralha

A maior curiosidade  d’O Gralha é o fato dele ter sido criado por uma “junta” para uma edição da revista Metal Pesado, em 1997. Alessandro Dutra, Gian Danton, José Aguiar, Antonio Eder, Luciano Lagares, Tako X, Edson Kohatsu, Aguiar e Nilson Miller são os artistas que, entre ilustrações e roteiros criaram o personagem.
O Gralha, que atua em Curitiba, é baseado em outro herói paranaense: o Capitão Gralha. Criado por Francisco Iwerten em 1940, o personagem é conhecido por ser um dos primeiros heróis alados dos quadrinhos, tendo sido criado antes mesmo do Gavião Negro da DC ou do Anjo dos X-Men. O personagem original teve apenas 3 edições, mas O Gralha já teve várias histórias publicadas, entre compilações próprias e participações em outras publicações.
O curioso deste personagem é que ele incorpora clichês de todos os super-heróis, criando uma paródia interessante do gênero. Sua identidade secreta é o estudante Gustavo Gomes, que além de possuir no nome a aliteração que quase todo super-herói precisa, é neto do Capitão Gralha citado acima e, por isso, recebeu alguns de seus poderes. Entre sua extensa, e curiosa, galeria de vilões estão  Araucária, Café Expresso, Biscuí do Mato, Pivete Cybertécnico, Homem Lambrequim, Doutor Botânico, Polaquinha e Bagre Humano.

Necronauta

Criado por Danilo Beyruth, o Necronauta é um herói basileiro, mas que poderia ser de qualquer nacionalidade. O personagem não é exatamente um super-herói, mas uma entidade que atua ajudando almas que não conseguiram se desvencilhar de sua existência terrena.
As histórias do Necronauta costumam ser curtas, contando o trajeto de uma alma por vez, mas o que se destaca é a excelente arte de Beyruth, que salta aos olhos.
O Necronauta começou sendo publicado em fanzines e depois começou a receber uma série de antologias, pela HQM editora e Zarabata Books. Também teve histórias publicadas em revistas americanas, estando presente na antologia Popgun 3 da Image Comics, vencedora do Eisner Awards em 2010.


Combo Rangers

Claramente baseado nos seriados Super Sentai japoneses, os Combo Rangers são criação do brasileiro Fabio Yabu. Em 1998 Yabu iniciou a série como uma webcomic, que depois do grande sucesso ganhou versão impressa.
Com histórias que parodiam os seriados japoneses, os Combo Rangers se destacam pelo humor e pala inocência dos roteiros. Claramente voltado para um público mais infantil, os personagens provaram que uma série criada para a web pode alcançar grande repercussão.
Yabu hoje se dedica a sua outra criação: As Princesas do Mar. Sucesso internacional que já ganhou até desenho animado no canal a cabo Nickelodeon.

Capitão 7

Este com certeza é o herói mais famoso do Brasil. Criado originalmente em 1954 por  Rubem Biáfora para uma série na TV Record (por isso o número 7, referente ao canal da emissora) o personagem foi transposto para os quadrinhos em seguida.
Carlos foi levado ao Sétimo Planeta ainda criança, onde cresceu ganhando poderes físicos e mentais. Depois de adulto, retorna a seu planeta natal para combater o crime. O Capitão 7 possui poderes quase idênticos aos de Superman. Vôo, superforça, invulnerabilidade, entre outros. Mas seus poderes só são ativados quando ele usa seu uniforme, uma espécie de traje espacial do povo do Sétimo Planeta.
Os quadrinhos do Capitão 7 foram um dos mais longevos do país, com mais de 54 edições publicadas. Apesar de ter fim em 1964, o personagem até hoje é lembrado como referência quando se fala de super-heróis brasileiros.

Esta lista não tem como intenção cobrir todos os heróis brasileiros já criados. Foram escolhidos 7 heróis, de diferentes épocas e que tiveram algum tipo de relevância no país dentro do gênero.
E você? Tem algum herói brasileiro preferido? Faça sua lista nos comentários.


Fonte: paprica.org

Os que conheci bem mesmo foram os Combo Rangers!
xP

Um comentário:

  1. Muito boa a pesquisa: sucinta, objetiva e com toda a informação necessária.

    Pena que você falou apenas dos Super-heróis. Existia um herói no fim dos anos 50, criado por Moyses Weltmann, chamado "Jerônimo - O Herói do Sertão". Mal comparando, é como Zorro brasileiro. Fez sucesso durante anos, tendo sua novela de rádio que o acompanhou desde antes da edição de suas revistas, duas novelas e vários outros produtos de mídia nacional. Os antigos lembram muito deste vigilante árido. Pode perguntar.

    Forte abraço e bom trabalho.

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